domingo, 5 de maio de 2019

Semana contra o Bullying Toulouse Lautrec ! Fundamental II





1. O que é bullying?

Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder com intuito de agredir alguém indefeso.
"É uma das formas de violência que mais cresce no mundo"
2. O que não é bullying?
Discussões ou brigas pontuais não são bullying!
Conflitos entre professor e aluno ou aluno com outro aluno não são considerados bullying. Para que seja bullying, é necessário que a agressão ocorra entre pares (colegas de classe ou de trabalho, por exemplo). Todo bullying é uma agressão, mas nem toda a agressão é classificada como bullying.

3. O bullying é um fenômeno recente?
Não. O bullying sempre existiu. No entanto, o primeiro a relacionar a palavra a um fenômeno foi Dan Olweus, professor da Universidade da Noruega, no fim da década de 1970. Ao estudar as tendências suicidas entre adolescentes, o pesquisador descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, o bullying era um mal a combater.

4. O que leva o autor do bullying a praticá-lo?
Querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo.
Isso tudo leva o autor do bullying a atingir o colega com repetidas humilhações ou depreciações. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir. Pelo contrário, sente-se satisfeito com a opressão do agredido, supondo ou antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima.  

Sozinha, a escola não consegue resolver o problema, mas é normalmente nesse ambiente que se demonstram os primeiros sinais de um praticante de bullying.
5. O espectador também participa do bullying?
Sim. É comum pensar que há apenas dois envolvidos no conflito: o autor e o alvo. Mas os especialistas alertam para esse terceiro personagem responsável pela continuidade do conflito.O espectador típico é uma testemunha dos fatos, pois não sai em defesa da vítima nem se junta aos autores. Quando recebe uma mensagem, não repassa. Essa atitude passiva pode ocorrer por medo de também ser alvo de ataques ou por falta de iniciativa para tomar partido. 

Também são considerados espectadores os que atuam como plateia ativa ou como torcida, reforçando a agressão, rindo ou dizendo palavras de incentivo. Eles retransmitem imagens ou fofocas. Geralmente, estão acostumados com a prática, encarando-a como natural dentro do ambiente escolar. ''O espectador se fecha aos relacionamentos, se exclui porque acha que pode sofrer também no futuro.Se for pela internet, por exemplo, ele apenas repassa a informação. Mas isso o torna um coautor''

6) Como identificar o alvo do bullying?
O alvo costuma ser uma criança ou um jovem com baixa autoestima e retraído tanto na escola quanto no lar. ''Por essas características, dificilmente consegue reagir''.
 Aí é que entra a questão da repetição no bullying, pois se o aluno procura ajuda, a tendência é que a provocação cesse. 

Além dos traços psicológicos, os alvos desse tipo de violência costumam apresentar particularidades físicas. As agressões podem ainda abordar aspectos culturais, étnicos e religiosos."Também pode ocorrer com um novato ou com uma menina bonita, que acaba sendo perseguida pelas colegas", 

7. Quais são as consequências para o aluno que é alvo de bullying?
O aluno que sofre bullying, principalmente quando não pede ajuda, enfrenta medo e vergonha de ir à escola. Pode querer abandonar os estudos, não se achar bom para integrar o grupo e apresentar baixo rendimento.
Uma pesquisa revela que 41,6% das vítimas nunca procuraram ajuda ou falaram sobre o problema, nem mesmo com os colegas.

As vítimas chegam a concordar com a agressão . O discurso deles segue no seguinte sentido: "Se sou gorda, por que vou dizer o contrário? "Aqueles que conseguem reagir podem alternar momentos de ansiedade e agressividade. Para mostrar que não são covardes ou quando percebem que seus agressores ficaram impunes, os alvos podem escolher outras pessoas mais indefesas e passam a provocá-las, tornando-se alvo e agressor ao mesmo tempo. 

8. O que é pior: o bullying com agressão física ou o bullying com agressão moral?

Ambas as agressões são graves e causam danos ao alvo do bullying. Por ter consequências imediatas e facilmente visíveis, a violência física muitas vezes é considerada mais grave do que um xingamento ou uma fofoca.''
Uma exclusão, por exemplo, é tão dolorida quanto uma agressão.

9. Existe diferença entre o bullying praticado por meninos e por meninas?
De modo geral, sim. As ações dos meninos são mais expansivas e agressivas, portanto, mais fáceis de identificar. Eles chutam, gritam, empurram, batem. Já no universo feminino o problema se apresenta de forma mais velada. As manifestações entre elas podem ser fofocas, boatos, olhares, sussurros, exclusão. "As garotas raramente dizem por que fazem isso. Quem sofre não sabe o motivo e se sente culpada.

10. O que é bullying virtual ou cyberbullying?
É o bullying que ocorre em meios eletrônicos, com  mensagens difamatórias ou ameaçadoras circulando por e-mails, sites, blogs , redes sociais e celulares. É quase uma extensão do que os alunos dizem e fazem na escola, mas com o agravante de que as pessoas envolvidas não estão cara a cara. Dessa forma, o anonimato pode aumentar a crueldade dos comentários e das ameaças e os efeitos podem ser tão graves ou piores.

SINAIS TÍPICOS
• Resistência a ir à escola ,  Dor de cabeça, febre e até taquicardia momentos antes de sair de casa , • Perda de apetite e insônia , • Tendência ao isolamento , • Crises de choro na volta do colégio , • Queda no desempenho escolar
O QUE FAZER?

• Provocar o assunto em casa. Na maioria das vezes, as vítimas têm vergonha e medo de falar à família sobre o bullying. Mas é muito importante falar com os pais ou responsáveis, eles saberão como agir e a procurar ajuda.
• Comunicar o problema à escola. Fale direto com o coordenador, com os professores ou com o professor que você tenha maior afinidade ,eles estão preparados para lidar com o assunto.